Sete em cada 10 trabalhadores recebiam, no máximo, 2 salários mínimos em 2022, mostra IBGE
Publicado em 09/10/2025

Dado faz parte dos resultados preliminares do Censo Demográfico
Sete em cada dez trabalhadores brasileiros recebiam, no máximo, dois salários mínimos no ano de 2022, segundo os resultados preliminares do Censo Demográfico 2022 sobre Trabalho e Rendimento, divulgados nesta quinta-feira, 9, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Se somados todos da base com menores rendimentos, 68% dos brasileiros que trabalhavam em 2022 recebiam, no máximo, entre nada a até dois salários mínimos mensais. Por outro lado, uma pequena fatia de apenas 0,7% dos trabalhadores recebia uma renda mensal que superava 20 salários mínimos.
Em 2022, 11,2% dos trabalhadores trabalhavam por uma remuneração que chegava, no máximo, a R$ 606 mensais, a metade do salário mínimo de R$ 1.212,00 mensais. Mais de um terço (35,3%) dos que trabalhavam tinham remuneração aquém ou até o salário mínimo vigente.
Desigualdade de gênero e raça
O rendimento médio mensal nominal dos trabalhadores homens foi de R$ 3.115 em 2022, superando em 24,3% o das mulheres, que ficou em R$ 2.506.
A escolaridade das mulheres ocupadas permanecia maior que a dos homens ocupados: 28,9% delas tinham nível superior completo, contra uma fatia de 17,3% dos homens. No entanto, os trabalhadores homens recebiam rendimentos médios mensais superiores aos das mulheres ocupadas em qualquer nível de instrução. A maior diferença estava no ensino superior completo: os homens com essa formação recebiam R$ 7.347 mensais, 60% a mais que os R$ 4.591 recebidos pelas mulheres com essa mesma escolaridade.
Quanto ao recorte por cor ou raça, os menores rendimentos médios do trabalho foram recebidos por pardos (R$2.186), pretos (R$ 2 061) e indígenas (R$ 1.683), sendo maiores para amarelos (R$ 5 942) e brancos (R$ 3.659).
As desigualdades de raça persistiam em qualquer nível de instrução analisado, sendo a maior discrepância presente entre os trabalhadores com nível superior completo: amarelos (R$ 8 411), brancos (R$ 6.547), pardos (R$ 4.559), pretos (R$ 4.175) e indígenas (R$ 3.799).
Nível de ocupação
O nível da ocupação que mostra a proporção de pessoas trabalhando dentro da população em idade de trabalhar — também revelou desigualdades no mercado de trabalho. No ano de 2022, 50 municípios tinham nível de ocupação igual ou maior que 70%, ou seja, sete de cada 10 pessoas de 14 anos ou mais de idade estavam ocupadas.
Por outro lado, 330 municípios tinham resultado menor ou igual a 30%, "o que significa que a cada 10 pessoas de 14 anos ou mais residentes, sete foram classificadas como desocupadas ou fora da força de trabalho", explicou o IBGE.
Os três municípios com os maiores níveis de ocupação do País foram Fernando de Noronha (PE), 82,9%; Vila Maria (RS), 78,4%; e Serra Nova Dourada (MT), 78,2%. Na média do Brasil, o nível de ocupação foi de 53,5%.
Deslocamento para o trabalho
A maior parte dos trabalhadores brasileiros levava de seis minutos até meia hora no deslocamento de casa até o trabalho em 2022, o equivalente a 40 milhões de pessoas. No entanto, ainda havia um total 1,3 milhão de trabalhadores que demorava mais de duas horas para chegar ao trabalho, segundo os resultados preliminares do Censo Demográfico 2022 sobre Deslocamentos para trabalho e estudo, divulgados nesta quinta-feira, 9, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No ranking de 20 municípios com população superior a 100.000 habitantes com maior proporção de pessoas nessa situação de deslocamento ao trabalho superior a duas horas, 11 eram do Rio de Janeiro, sete de São Paulo e dois do Pará.
O município do Rio de Janeiro tinha a maior fatia de trabalhadores que demoravam mais de duas horas no percurso de casa até o trabalho, 5,6% dos ocupados, seguido por São Paulo, onde essa proporção era de 3,4%. Em números absolutos, porém, a capital paulista tinha mais trabalhadores nessa situação, com 151.690 pessoas que levavam mais de duas horas de casa ao trabalho, contra 92.093 pessoas na capital fluminense.
O meio de transporte mais utilizado no deslocamento para o trabalho era o automóvel (32,3%, adotado por 22,6 milhões de pessoas), seguido por ônibus (21,4%, 14,9 milhões), a pé (17,8%, 12,4 milhões) e por motocicleta (16,4%, 11,4 milhões). O levantamento indicou baixa proporção de deslocamento de trem ou o metrô (1,6%), van, perua e assemelhados (1,4%), BRT ou ônibus de trânsito rápido (0,3%) e caminhonete ou caminhão adaptado (0,4%).
Quanto ao recorte de cor ou raça, 59,0% das pessoas que usavam automóvel para o deslocamento ao trabalho eram brancas.
O automóvel foi o meio principal para ida ao trabalho para quase metade dos trabalhadores do Sul (45,9%), mas cerca de apenas um quinto nas regiões Norte (21,8%) e Nordeste (21,0%). A motocicleta era o principal meio de transporte no Norte (28,5%) e Nordeste (26,0%).
Fonte: O Dia Online - 09/10/2025
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